sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Resenha - Por que Indiana, João?

Autor: Danilo Leonardi
Editora: Giz Editorial
Ano: 2014
N° de páginas: 201
Preço: Buscapé
Nota: 4,5/5

Sinopse: Você pode pensar que, aos quinze anos, João já deveria estar acostumado com provocações, apelidos e humilhações. Afinal, ele é um típico adolescente deslocado e tímido. Alvo perfeito para a ira dos valentões e para o desprezo das garotas. Mas sua vida muda completamente quando reage a um ataque de seu maior algoz. O golpe de sorte que derruba o valentão é gravado e vira hit na internet. João se vê finalmente admirado, respeitado e seguro. Mas tudo tem seu preço e João vai aprender qual o peso que suas escolhas podem ter não só sobre sua vida, mas sobre as vidas de todos ao seu redor. “Por que Indiana, João?” é o livro de estreia de Danilo Leonardi, editor do canal “Cabine Literária” e parte de uma história quase comum para falar sobre algo que não deveria ser tão comum assim e que faz parte da vida de muitos adolescentes, jovens e até de adultos: o bullying.



Para começar, eu não sabia o que esperar desse livro, eu nunca tinha lido nada do autor, ainda mais porque é o primeiro livro dele, e eu só o acompanhava pelo Cabine Literária (para quem não sabe, é o canal do youtube dele e alguns amigos), e eu me surpreendi do melhor jeito possível, a leitura é leve e fluida, apesar de tratar de um assunto muito serio que é o bullying. 
João, que é o personagem principal, e narrador da história, está passando por um momento muito difícil. Sim ele está sofrendo agressões físicas e morais na escola por um grupo de meninos, principalmente por Guilherme, um garoto alto e loiro que insiste em pegar no seu pé. E devo confessar que eu tive vontade de entrar dentro do livro só para dar um murro na cara desse moleque. Entre outros personagens temos o Daniel, um cearense que se mudou a algum tempo para São Paulo e ainda não se adaptou as pessoas, muitas vezes senti que ele só ficou amigo de João para não ficar sozinho, mas em outras percebo a lealdade da amizade. E tem os pais dele, que são divorciados, e senti que esse ponto pesar um pouco, apesar dos problemas que tem com eles, como qualquer adolescente, ele sente que precisa do apoio e da compreensão.

O bullying é um assunto muito delicado, pois acaba envolvendo outros assuntos como consequência, às vezes até mais sérios, e apesar de ser pesado, o autor soube como trabalhar com isso e não forçou, o que foi ótimo. Passou uma mensagem inspiradora contra essa agressão, e eu acho que todos deviam ler, pois ataca a todas as pessoas mesmo que indiretamente (como por exemplo, se um amigo ou colega estiver sofrendo).
Tenho o dever de avisar a vocês que, quando chegar a metade desse livro, você não conseguirá parar de ler, vai se recusar de fechá-lo pela simples explicação de que é impossível. Eu cheguei em uma determinada parte enquanto eu estava na aula e a professora não ficou muito feliz, me encarou a aula inteira querendo me fuzilar com os olhos, mas sobrevivi. O final é tenso, e daqueles que você prende o fôlego sem perceber e só solta quando acaba, pelo menos foi assim que senti.
Uma única coisa que me incomodou durante a leitura foi o uso de palavras no sentido falada, se é que posso dizer assim. Por exemplo dizer "tava" invés de "estava", eu sei que é uma coisa um pouco sem sentido, mas não mudou meus sentimentos pela história, e sua narrativa de qualquer jeito me conquistou.
Se o autor escrever mais, no mesmo tema ou não, eu com certeza vou querer ler, então aguardarei calmadamente por um próximo livro (se houver, é claro).
Enfim, mais do que recomendado! 
Eu comprei o livro na bienal, no sábado (dia 23), e tive a sorte de encontrar o autor no estande da editora dele, a Giz Editoria, e ele é muito simpático e fofo, adorei conhecer ele. 
E para conhecer mais de seu trabalho e do resto da equipe do Cabine Literária, acesse o site e o canal no youtube.
Espero que tenham gostado da resenha, até o próximo post.
PS:. Não se calem quando se trata do bullying, ninguém merece sofrer esse tipo de violência, então caso se você ou algum conhecido sofra com isso, contate algum responsável. Se for na escola fale com a diretora ou algum professor, e se for na internet, tire print e fale com seus pais.

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